sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A lei da relatividade...

No twitpic as melhores fotos, no FB as festas mais badaladas, no twitter os murmúrios que dão margens a comentários, fofocas, exposição demasiadamente desnecessária onde a intriga é instituição.
Aqui, o lindo, o bacana, o inusitado.
Da tela para fora, no meu universo e caos particular, uma vidinha mais ou menos, uma pancinha, uma dor de cotovelo.
Uma deprê basiquinha,
Uma flutuação de hormônios,
Um aperto para pagar as contas,
Uma cafonice, querida, nem te conto.
Uma espinha na ponta do nariz.

Estamos aí para colocar a vida em pratos limpos?
Ou para tecer uma novela particular?
Para falar que o trabalho anda chato, que os chatos estão cada vez mais chatos, para mostrar para o ex que, sim, vamos bem, bebendo todas.
Para mostrar o que comemos, quanto malhamos, o filme que assistimos, a viagem que fizemos, o show magnífico.
Já me expus de forma inadequada e paguei um preço alto. Não aprendi, deveria abandonar tudo isso, mas às vezes a cachaça é boa demais.
Esse vasto mundo das redes socias é uma cachaça. Uma muleta.
Vez por outra nossos murais, timelines e afins viram mesmo uma grande granola. Futebol, Aronofsky e Dilma se misturam com fotos sensuais, indiretas e juras de amor eterno.
Há quem separe o joio do trigo.
Os sensatos e comedidos existem.
Os tediosos multiplicam-se a cada dia. Eles são o motor para nossa elevação espiritual. Suportá-los é um aprendizado.
Há os geniais, os charmosos, os que acrescentam e encantam em 140 caracteres. Imperdíveis. Irresistíveis.
Há os estritamente profissionais, os políticos, os intelectuais e os pseudo-intelectuais. Normais.
Há sim uma categorização de arrobinhas e para isso criamos as listas. Há listas. Há Blogueiros. Os puxas e os pelas-saco. Canalhas. Canastrões. Deslumbrados. Desbocados. Verborrágicos. Sexuais. Gays. Héteros. Subversivos. Carentes. Alcoolatras. Fakes. Sequestradores de afeto.
Há os diários e os diurnos. Há os Insones. Workaholics. Moderados. Salladex. Carinhosos. Afetuosos. Amigos do peito e de infância.
Infinitas são as listas.
Há follow, unfollow e follow friday.
Há a cantada exposta e a discreta. Há o bafo que ninguém pode saber, só se for por DM. Há muita especulação sobre tudo e todos. Há famosos e anônimos. Há Sans Souci, descabelados e outsiders. Pretensiosos com suas bios cheias de qualidades e nenhum defeito.
Vidas perfeitas em círculos perfeitos. Sou gente boa, sangue bom, cool, trendy, fresh. Eu sou o cara e vou fazer vc rir. Ou chorar. Me persegue. Me sufoca, faz qualquer coisa, mas gosta de mim. Comenta no meu blog, visita meu site, me lê. Enche minha bola. Me segue.
Bizarrices. Tosquices. Ogrices. Delicadezas. Amizade. Amor, por que não?
Eu acho mesmo que o mundo é carente. Todos nós. E que queríamos mais festa, mais beijo, mais gente. Gente com cheiro, pele e movimento. E essa inquietude companheira encontrou algum consolo depois das redes sociais. Há emoções que só podem ser sentidas por lá, e que embora não substituam o calor humano, dão alento. Idiossincrásicas. Relativas. Interrogativas. Pontuais.
Estamos doentes.
Ouvi dizer no twitter que cientistas da universidade de Salem em Oregon, andam pesquisando um medicamento para cura. Tomara que demore. Sou uma viciada convicta, confesso com toda culpa católica.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

About me...

I'm always a mess. I can never keep my own secret. I laugh too hard at stupid things. My favorite songs can make me cry. I live in the past, in the memories I have with the people I love. I hate thinking about reality & i'm so homesick that it's not even funny. But not homesick in a missing my house kind of way...maybe it's more like heartsick for all things that I can't get back. It's hard for me to define myself. I guess i'm just a cliche - the woman who loved too hard & didn't get anything in return - I don't want to be the heroine in some tragic love story, I just want the one person who has never given me a second thought.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Let the seasons begin...





Apesar da correria que se tornou minha vida depois que cheguei de viagem, me surpreendo administrando meu tempo senão de forma mais proveitosa, com absoluta certeza mais gratificante.
Parece que quando enfim a gente encontra o equilíbrio íntimo e emocional, a vida vai arrumando todo o resto sozinha. As coisas se encaixam, começam a fazer mais sentido e vc não perde mais tempo com coisas tolas e pequenas. Acho mesmo que é aí que está o pulo do gato, abstrair toda e qualquer coisa que não sirva para o teu aprimoramento e paz interior.
Conforto íntimo e emocional, enfim! Sem que para isso eu tenha delegado meus sentimentos e meu bem-estar nas mãos de ninguém. Veio assim, inesperadamente, mas de forma conquistada, quando resolvi cuidar mais de mim.
E é quando a companhia do dono do par de olhos castanhos mais sinceros que já vi, vem só por acréscimo. É a paz que eu sinto quando ouço Elephant Gun, com o volume sempre aumentando.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A Verdade Dói!

Concordo Ipsis Litteris!!!


BIG BROTHER BRASIL
(Luiz Fernando Veríssimo)

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil,... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE...

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.

Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?

São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..

Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.

Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.

Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.

E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?

(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.

Grandes e Eternos



E todas as vezes que ouço essa música, é da minha vó que tenho saudades. Amante de Cartola e com a mesma genialidade e simplicidade do grande mestre, ela cantarolava suas músicas enquanto cozinhava, lavava a louça e nos servia com seus quitutes, carinhos e dengos.
Hoje, mulher feita, gostaria de entender como é a vida dos que são tanto. Dos que trazem tanto consigo e dão tanto, tanto para os outros.
O que é DENGO? É a vontade súbita de ter sua avó por perto!
Dedico à Dona Odete, com carinho e muitas, muitas saudades! Faz 4 anos vó, e o mundo que perdeu vc não vai se recuperar.
O que é lágrima? É o sumo que sai dos olhos quando um coração se espreme de saudades!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Nas profundezas de um amor sem fim...

E durante alguns anos ela aceitou aquilo que ele lhe dava e chamava de carinho. Uma ternura brusca, a mesma que ela quando criança dispensava às bonecas novas, que em pouco tempo restavam com cabelos ressequidos e mutiladas em braços e pernas.
Talvez ela o entendesse e só por isso aceitasse aquela ideia tão distorcida de dar e receber afeto, reconhecendo-se um pouco naquela natureza tão sombria e estranha.
Eles viveram juntos nessa relação doentia, que ora os iludia com doces promessas, ora os assustava com perigosas ameaças. Eles tinham medo. Eles tinha medo de si mesmos.
Um dia resolveram romper, mas até hoje vivem dessa ternura brusca um pelo outro, essa ternura bruta que destrói por excesso inábil de amor.