sábado, 15 de dezembro de 2012

Se o mundo não acabar em 21 de dezembro...

Eu pretendo em 2013 não aturar nenhum medíocre. Nunca, nunca mais hospedar ninguém na minha casa. Usar sempre saltos altos. Não me preocupar com o peso. Ter cabelos sempre hidratados. Correr no calçadão da praia. Ir mais à praia e à piscina do meu condomínio. Não ter pesadelos. Estudar inglês de novo. Ter mais tempo. Me amar mais. Ligar pros meus amigos. Atender ligações dos meus amigos. Responder inbox dos meus amigos. Usar os pronomes corretamente. Prestar atenção na alimentação. Amar apenas as pessoas que merecem meu amor. Cuidar mais da minha pele. Mudar de profissão. Ser mais burocrática, organizada, rotineira e cotidiana. Acreditar mais em Deus. Acreditar mais em mim.

sábado, 24 de novembro de 2012

Medo...

Não tenho medo do futuro, não temo o porvir. Não tenho medo de ser pobre , de ficar velha, de engravidar, de morrer. Não tenho medo da terceira guerra mundial, de gente maluca, de pegar catapora, de bater o carro, de escuro. Só tenho medo de mim. E de pessoas.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Eu juro que é melhor...

Dizem que sou louco por pensar assim
Se eu sou muito louco por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Se eles são bonitos, sou Alain Delon
Se eles são famosos, sou Napoleão
Se eles têm três carros, eu posso voar
Se eles rezam muito, eu já estou no céu
Sim sou muito louco, não vou me curar
Já não sou o único que encontrou a paz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é melhor
Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu


Ah Curitiba, foi tão bom!

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Inimigo, vc me magoou, mas nào me destruiu.


Queria tanto crescer e nada. Parei antes de 1.65.
1.64 de vontades, sonhos, problemas, medos, risos, choros, tristezas, humildade, simplicidade, maldade, ética, antiética, verdades, mentiras, amores, desamores. Enganos. Erros. ERROS. Tropeços. Loucura. Intensidade. Sensibilidade. Ingenuidade. Raiva. Mágoa. Rancor. Dignidade. Moral. Imoral. Discrição. Indiscrição. Honestidade. ERROS.

Meu maior problema é não saber esconder quem eu sou. Confesso meu lado bom e meu lado mau. Explano minhas alegrias e minhas tristezas como se o mundo fosse se alegrar quando eu estiver feliz e se entristecer quando na minha tristeza. Mas o mundo só vibra pela sua tristeza. O mundo adora devassar seu sofrimento. o mundo dispersa sua felicidade.
Eu assummo quando sambo errado, quando saio do ritmo, quando perco a cadência, quando estou fraca. Se vc quer ter sucesso, não assuma suas fraquezas, vc será massacrado.
Meu maior medo é não ter medo.
Me exponho e pago sempre um preço emocional caro demais. Perco sempre um pouco da minha fé no ser humano.



Esqueço que vivo num Mundo de semi-deuses...




Ô vida chata de gente grande com a conta furada. Gente grande e chata. Gente furada. Vida grande. Conta chata. Vida furada de gente chata de contas grandes.

DESCONEXO

Por onde ando, ninguém é muito lindo.
Ninguém ganha todas.
Ninguém é constantemente agradável.

Ninguém acorda como em propaganda de TV.
Dorme de dentes escovados.
Ninguém vê flores em todos os lugares.
Ninguém é pudico, boa praça ou boa gente.

Na nação de ninguéns, todos somos assim, mais ou menos.
Prefiro assim. Com meu plano limitado de celular.
Com meus problemas enfiados embaixo do tapete (todos?),
Com meu álcool,
Meus casos,
Meu caos.
Meus poucos peitos,
Meus poucos músculos,
De santa não tenho nada. Ando até meio devassa.
E olha que nem chegou a sexta-feira.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Feliz Sozinha


Eu sempre disse que seria mais feliz sozinha.
Teria meu trabalho. Meus amigos.
Mas ter alguém na sua vida o tempo todo?
São mais problemas que o necessário.
(…)
Há um motivo pra eu dizer que seria mais feliz sozinha.
Não foi porque eu pensei que seria mais feliz sozinha.
Foi porque eu pensei que seu amasse alguém, e depois acabasse, talvez eu não conseguisse sobreviver.
É mais fácil ficar sozinha.
Porque, e se você descobrir que precisa de amor? E depois você não o tem?
E se você gostar? E depender dele?
E se você moldar sua vida em torno dele?
E então… ele acaba.
Você consegue sobreviver a essa dor?
Perder um amor é como perder um órgão.
É como morrer.
A única diferença é: a morte termina.
Isso… pode continuar pra sempre.

- Greys Anatomy temporada 7 capítulo 22

Eu, Meredith.


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Saiba...



Se vc fez do seu universo um lugar para tirar vantagens,
Para xavecar,
Para exibir seu carro na praia,
Para furtar algo do outro,
Para forjar provas, 
Para provocar alguém,
Para não respeitar os artistas,
Se vc fez do seu universo um lugar para sensualizar,
Se vc fez do seu universo um lugar para jogar bitucas no chão,
Se vc fez do seu universo um lugar para se entupir de drogas,
Se vx fez do seu universo um lugar para desrespeito ao próprio corpo,
Se vc fez do seu universo um lugar de farsas bem montadas,
Se vc fez do seu universo um lugar para sua novela particular,
Se vc fez do seu universo um lugar de medo...
Saiba...

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Rouca

Sorver com sofreguidão mojitos gelados,
Sol,
Praia,
Rindo das mudanças que surgem por aqui,
Fazendo muita força para não parecer (mais) louca,
Piscinas que desabam, oh céus! Ainda bem que eu não estava lá!
*****
E essa minha mania de não saber dizer NÃO...
Perco tempo, tempo, tempo, tempo...demais, demais, demais...


Ah se eu soubesse onde tudo isso iria acabar,
Não teria sofrido com o tempo perdido.
Coffee 2 go!
Pastilha para a garganta,
E por que não? Fé!
*****


Faringite! ITE!

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Vício!

No mais, vamos de poesia...(?)

Bater para se proteger,
Ocupar espaços indesejados,
Horas que somem,
Sem surpresas,
Seguindo por caminhos tortos, sem baixar (cabeça, ombro, pé) a guarda,
Não tomar taça nenhuma de vinho para relaxar,
Acordar na hora errada,
Não ter tempo de correr,
Firme.
Seja forte.
É?
Às vezes me falta estrogênio.
Eu

****

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?

Cecília Meireles

Eu também não sei Cecília, eu também não sei da minha!


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Nada não...

Racionalizar linhas e linhas pra concluir que dói.
E depois passa.

Gostaria de saber o porquê sou objeto de curiosidade de tantas visitas nesse blog, vindas de BH. Mas era só pra saber, nada não.
Comenta aí! Ou manda sms espalhando trechos do meu post. Popularidade, trabalhamos.

Ceder é uma arte.
Perder a compostura, um esporte nacional
Recuperar a compostura, uma arte perdida.

Rotavírus e nomeação, como lidar?

Já não faço sentido há tempos, vc esperaria o que dos meus textos?

Paris vale qualquer ritual. Um ato ecumênico e todos os meus reais.

Quem diria, quem diria...que eu um dia fosse chegar onde eu cheguei.

E eu moro na Barra da Tijuca, não na Tijuca. Não que seja muito diferente, mas com a / na frente, eu fico perto da praia. So close! E me sinto melhor quando vejo o mar...

Nada não,
Feliz por nada! Feliz até com a sua visita! :)


domingo, 26 de agosto de 2012

Epifania ou Devaneio?




Viciei ne música e no filme. Medianeras.
Nunca vi minha realidade tão notavalmente retratada num filme, quanto vi nesse.
Eu estou ali em cada fala. Em cada cada sentimento vivido pelos dois personagens.
Assisti na ida e na volta do Chile, confortavelmente na minha poltrona do avião.
Na ida foi um devaneio. Na volta uma epifania.

Assistirei mais umas zilhões e recomendo mil vezes.
Agora eu fico aqui com vício da música, ouvindo-a sem parar (porque a melhor parte é sempre quando repete) e refletindo...



Então me pergunto: se mesmo sabendo quem eu procuro não consigo achar, como vou achar quem eu procuro se não sei quem é?

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Mente Sã

Há algum tempo vivi uma relação de clicks e cenários perfeitos.
Um estranho, que veio disfarçado de amor. De pano de fundo, um velho continente.
Acabou como farinha ao vento e durou pouco, aquilo que parecia tão sustentável. Machucou. Desgastou. Maltratou.

Às vezes também basta um click para que vc recobre a consciência. A fé. A força. A sanidade.
Às vezes um cenário serve de pano de fundo para que vc volte a acreditar em Deus e descubra que, além de existir dentro de vc muita força, ainda há muita beleza espalhada nesse mundo.
Há beleza humana, e nem todos os seres desse mundo foram corrompidos com vaidade e mentiras.
É preciso acreditar nas pessoas. As boas existem e eu conheci algumas muito especiais. Verdadeiras.

Há tanta beleza no Chile.
Eu vi o pôr-do-sol mais lindo da minha vida e, como um milagre, quando eu pedia a Deus um sinal de sua existência, o sol voltou quente entre as cordilheiras.
Deu-me tanta força. Tanta energia. E tanto orgulho de mim mesma por acreditar novamente na minha fé. Por acreditar na força de Deus e nos milagres que ele pode operar na minha vida.

Meus olhos viram a neve que nunca tinham visto. Meus olhos vislumbraram belezas que somente a visão não alcança. Eu senti tudo. Com meu coraçao desprendido, aberto. Confiante.

E hoje, num simples e irreversível ato, me desprendo de 50.9 mb de arquivos jpg de fantasia, de um jogo perigoso de vaidade e mentiras vividas no velho continente.
Empty trash! 
Enfim minha cabeca funciona tao bem como meu mac, num simples clique me desprendo de tudo, dando espaço aos meus novos clicks lindos, de paisagens belíssimas e meu mundo de possibilidades. De romance, maybe. De viver minha forma não convencional de felicidade. Felicidade clandestina, mas genuína, sem fraudes.

E as lembranças "inesquecíveis" passam a ser apenas lembranças na minha mente de algo irracional e doentio que vivi, que me servirão de aprendizado. Mais um para o meu pote cheio. Derramando.
Me sinto curada. Amém! Obrigada Deus!

sábado, 4 de agosto de 2012

Ah Pessoa....


“Segue o teu destino
Rega as tuas plantas
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós seremos
Iguais a nós próprios.
Suave é viver só
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nos ares
Como ex-voto aos deuses.
Vê de longe a vida
Nunca a interrogues.
Ela nada pode Dizer-te, a resposta Está além dos deuses.
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.”.

(Ricardo Reis/Fernando Pessoa

Agora toma um café e estabiliza, porque ler um poema lindo assim só não desestabiliza se for samambaia. Ou qualquer outra coisa inanimada. Vai lá, prepara o café!

It''s Over And Done

Fiquei parada por muito tempo, absorta, procurando alguma coisa que não estava nem esteve ou estaria jamais ali.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

We Can't Wait 'till Tomorrow!



Tinham me avisado que esse efeito colateral podia vir forte: SENTIR FALTA DELE, DO TEMPO!

E então eu pensei no tempo que perdi, no tempo que não corri, no tempo que deixei pra trás, no tempo que não dormi, no tempo que não amei, no tempo que amei quem não devia,  no tempo que errei, no tempo que me atrasei. Senti falta do tempo para fugir quando ainda dava tempo. Senti pena por ter delegado tanto tempo à coisas e pessoas vãs.

Senti falta do tempo, quis voltar no tempo para terminar o que eu deixei incompleto. Mas não há volta. É um efeito colateral devastador. 

Anteontem perdi os minutos que me restavam em ter permitido que um homem ruim, mas que atua como um homem bom, me desvitalizasse. 

Hoje precisei recomeçar com o saldo devedor. Comigo mesma. Não é que eu não tenha tempo, só que ele já não é muito. E eu não posso perder. Nem quero desperdiçar. 

Há cura para falta de tempo? 
Ou é como a música linda diz? We can't wait 'till tomorrow!





Ou somos apenas fugitivos? E eu queria fugir para um circo...
Mas onde anda meu circo?
A minha graça perdida?

 

Quem encontrar, favor avisar.


Nota de rodapé: Esse post é exclusivamente em homenagem a esse clipe VERTIGINOSO do The Killers com a música RUNAWAYS que Brandon fez pra mim.  Obrigada Brandon, apareça sempre! 

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Mastigando Incômodos...

De uns tempos pra cá minha relaçao com a senhorita Vida tem sido frontal, contundente, solitária.

Então tenho que ser forte, me exercitar sobretudo em autocontrole (perdeu o hífen?). Ou isso ou estaremos todos fadados a nos tornar serial killers. Alopatia selvagem anda ajudando, às caixas!

Claro que me pergunto pra que. Claro que não tenho resposta.
Por quanto tempo ainda? Claro que não tenho resposta.
A vida da gente é tão frágil. Mas é sempre só uma fase, vai passar.

Meu amor parece ter ofendido profundamente as pessoas que amei. Amei tão errado.

Agora me tornarei uma daquelas pessoas que se cuidam para não se envolver. Ou das que se envolvem superficialmente.

Ando tensa. Pouco segura. E com o peso que a situaçao incide em cima de mim. Toneladas.

Eu sou muito jeca afetivamente.

Sigo então mastigando os incômodos, enfeitando o cotidiano e tudo se ajeita. I hope.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Descartando...(e duvidando)

Regra nº 1 - Não se escreve quando se está feliz.
Corolário: se estou escrevendo agora, a regra nº 1 não se aplica.

Mas no meu corolário da dúvida eterna, sempre acredito que devo desconfiar de conclusões apresentadas até pelo Nobel da medicina e também (principalmente) do que eu escrevo.
Duvidando é onde eu vou raciocinar por conta própria.
Duvidando é onde meu interesse pela pesquisa crescerá.
Duvidando é onde não vou perder a coragem de seguir em frente.
Duvidando é quando contrario a regra nº 1

*O Título é uma menção elogiosa ao filósofo, físico e matemático francês Renè Descartes de quem sou fã desde pequenininha ;)

sábado, 23 de junho de 2012

And This Is The House Where I Feel Alone


Não sei mais conviver com as pessoas. Tenho medo de uma casa cheia.
Tenho vivido tão só durante tantos anos. Devo estar acostumada. Me fechar foi a maneira mais delicada que encontrei de não incomodar ninguém. De não desestabilizar o equilíbrio das pessoas que é muito delicado. E também de não perturbar o meu próprio equilíbrio — que é tão ou mais delicado. 

Estou me transformando aos poucos num ser humano meio viciado em solidão. E que só sabe escrever. Não sei mais falar, abraçar, dar beijos, dizer coisas aparentemente simples como "eu gosto de você". Gosto de mim. Acho que é um pouco culpa das redes sociais. Ou não, ou é só culpa minha que me afasto das pessoas. Que cultuo a misantropia. Que não peço ajuda nem mesmo quando a arma do meu adversário é uma Bazuca e a minha é de Paintball. 

E tenho pensado muito sobre a vida como quem olha de uma janela, mas não consegue vivê-la. Tenho amado como quem escreve para uma ficção: sem conseguir dizer nem mostrar isso. E isso é um rasgo dentro de mim que já fui tão intensa. 

Me pergunto onde e em que momento aconteceu essa ruptura. Não consigo me reconhecer ficção. O que sobra é o áspero do gesto, a secura da palavra. Por trás disso, há muito amor. Amor louco dentro de mim. Intenso. Sempre houve, só não sei onde ele se perdeu. E eu tenho medo, muito medo de ter desaprendido o jeito.
Nota de rodapé: Beirut sempre me deixa hipnotizada, é sem dúvida minha banda preferida. Mas esse novo clipe oficial de The Rip Tide me deixou tantã-lizada, se é que existe essa sensação. Quase não voltei à realidade, ou não quis fazê-lo quando assisti por milhares de vezes, encantada. A letra simples, me remeteu a pensamentos catárticos, escritos nesse post de forma desconexa. Porque não, eu não quero fazer nenhum sentido. Ouçam a música, de tudo, ela é o melhor desse post. Perfeita! Linda! E pode ser mesmo a corrente do retorno. Senhores e senhoras do juri, pela atenção, obrigada.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Atualizando apenas para a alegria dos stalkers de BH!

O nosso coração é coalhado de achismos, coração besta!  Babeta! Se eu perder a rima, vou perder a graça. E a gente não perde a graça. Pode Perder tudo na vida, mas não pode perder a graça. Não pode perder o ritmo. Nem a cadência.  E eu conferi de perto, porque sempre fui assim, desde pequena. Num lugar onde tudo é gostoso, o santo é soberano, São Miguel Arcanjo protege e cuida, dando direções e todas as certezas que vc precisa. Não me envolvo com historias que não são mais minhas, essa eu passo adiante. Já não me pertence. Já não bate. Já não pulsa.  Teve história, teve um começo, agora teve um fim. Enfim. Orgulho ferido, acreditem, pode sim virar amizade. Afeto, carinho vem de bônus. Falta paixão, sobra respeito. Ficar velho tem desses incômodos, a gente fica besta, bambeja! Com rima, babeta!  Que ele não traia mais. Que nem eu traia. Que ninguem traia. Trair é mau e faz mal demais a quem trai e quem foi traído. Que ele seja tão feliz e tão leve quanto eu sou agora. Tão amado. Tão amante. Que todos tenham paz.

domingo, 4 de março de 2012

Ennio Morricone - Cinema Paradiso (In Concerto - Venezia 10.11.07)



E eu que já tive uma casa em Veneza, perto da ponte Rialto. Perder-se em Veneza é fácil demais, anda-se para um lado, anda-se para o outro e volta-se para o mesmo lugar. O único perigo em suas ruelas e becos escuros é deixar-se um pouco por lá e nunca mais poder voltar pra buscar.

Às vezes você nem sabe que algo mudou. Acha que você é você, e sua vida ainda é sua vida, mas você acorda um dia e olha ao seu redor e não reconhece mais nada.. n a d a mesmo!

quinta-feira, 1 de março de 2012

La Paz não é lá...La Paz é aqui.....



Atordaada pelo soroche (mal estar causado pela altitude que não poupa ninguém) minha chegada na capital boliviana foi cena de filme pra Felinni filmar. Tragicômico! Presenciei o trânsito mais caótico que esses olhos já viram. Buzinaço infernal, lá se buzina pra tudo que se mova e pra tudo que não se mova também.
Encontrei com o restante do grupo e estavam todos igualmente atordoados como eu. Alívio, eu não estava sozinha! Menos náufraga. Era gente de todos os lugares. Dentistas. Todos do bem. Fomos tomar uma paceña!

Tive o prazer de conhecer um povo diferente, experimentar o chá de coca para me garantir a sobrevivência na altitude, afinal "la hoja de coca no es droga". Aprendi o poder das linhas fronteiriças que separam e às vezes rivalizam o povo latino-americano, que tem tanto em comum. Aprendi a regatear...e viva el regateo! Aprendi tanto sobre odontologia latino-americana! Pratiquei e exercitei. Aprendi que culturas diferentes podem impor barreiras intransponíveis a qualquer forma de comunicaçao e que precisamos quebrar essas barreiras, às vezes, de forma simples, se abrindo com um sorriso amigo. Pratiquei também o desapego do orgulho e deixei as lágrimas escorrerem para estranhos. Estudei tanto sobre o amor que se transforma em aversão num dia e saudade cortante no outro. Desejei tanto compartilhar, mas precisei silenciar. Aprendi que o sofrimento maduro é como estar em elevada altitude, falta o ar, é o mais pesado de todos.
Hoje, na chegada, eu estou aqui a me questionar quantas vezes o cérebro da gente é capaz de nos sabotar por dia e quantas vezes somos capazes de nos defender. É um mistério. O meu criou defesas incríveis que deixaria o mestre Freud impressionado. Defesa da minha própria dignidade. Defesa do meu amor próprio.
E eu que fui buscar La Paz na Bolivia, descobri que ela está dentro de mim o tempo todo, eu preciso mesmo é exercitá-la todos os dias. Como o projeto que eu fui defender. Como a minha vida. Life goes on.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Pré Carnaval sem enredo e sem samba. Sem nexo.

Eu vou quente, volto fervendo.
Vou calma, volto mansinha.
Aprendo errando muito.
E erro com muita convicção.
Porque acredito.
Vou fundo.
Sou amiga daquelas que oferecem a cama e deitam, confortáveis, no chão.
Sou inimiga do tipo que faz muita yoga e meditação para não pedir o fígado de alguém no almoço.
Não me chame para a briga. Meu casaco de general é Lanvin.
No fundo, sou redondinha, mas acho o máximo ser reta.
Respeito os que falham em todos os quesitos.
Deixei de exigir dos outros que vissem o mundo com as minhas lentes.
Já fui perfeccionista, hoje sou mais razoável com os outros.
Sou organizada – direta. Implacavelmenre crítica, mas só comigo mesma. Envelheci, os ânimos já não são mais os mesmos, nem a tirania.
O coração é pequeno, mas é sempre cheio. A alma é grande. Guarda poucas e boas.


Simples assim. Você acredita?