LUAR

E então que nós fomos pra Paty do Alferes, uma cidadezinha que fica no alto da serra, curtir a hospitalidade de um casal de amigos maravilhosos que nós temos no meio de muito carinho, friiiiiiiiio e pizza na lareira. Eu até melhorei dos enjôos insanos durante todo o feriado e dormi tão bem, tão bem que sonhei com o LUAR da minha vida.

Bom, vou contar rapidinho!

No sonho eu encontrava meu pai, que a propósito hj faz um mês da sua ida. E nós tínhamos uma conversa muito gostosa em que ele me dizia que estava bem e muito melhor nesse momento. A sua aparência ainda era magra, mas ele não tinha dificuldade alguma de respirar e falava tranquilo e placidamente. Daí como em todos os sonhos, esse tb era confuso, porque eu ficava me perguntando como era possível tudo aquilo se ele tinha morrido, pensava então que tivesse sido um ledo engano a sua morte e ele tivesse passado por algum tipo de ressuscitação e agora sim, eu podia ouvi-lo novamente, tocá-lo e não sentiria mais aquela saudade tão dolorida. Durante todo o sonho o sentimento de orfandade se foi, foi um sonho longo em que eu me senti muito confortável perto do meu paizinho. Eu tb devo ter dormido muito bem, pois me senti descansadíssima ao acordar, apesar da bexiga estourando, rs. E eu acordei e não consegui lembrar das palavras que ele usou pra deixar meu coração tranquilo, eu só senti apenas meu coração tranquilo e lembrei que nós estávamos sob um luar que mais parecia a aurora boreal no sonho, era um lugar cheiroso, com cheirinho de grama molhada. A sensação ao acordar foi: Ah que pena que foi um sonho! Mas a clara certeza de que eu encontrei meu pai em outro plano era real. Clara como o luar que nós dois nos encontramos. LUAR! RAUL de trás pra frente, Raul era o nome do meu querido, querido e tão querido pai!