quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Confissões...

Pensei que não fosse conseguir escrever em nenhum momento um depoimento sobre a Luísa. Primeiro porque durante todo o primeiro mês tomei conta SOZINHA, sem absolutamente nenhuma ajuda, desde a hora que tive a Lulu na maternidade. Não, nem mesmo alguém que colocasse para arrotar para eu descansar 20 minutos, nada, foi sozinha mesmo. Então que os primeiros 20 dias foram bailes e mais bailes e eu andei feito um zumbi pela casa, irritada e mau-humorada percebendo que o cansaço me transformava a cada dia. É uma emoção indescritível olhar para o seu bebezinho mamando, dormindo e senti-lo quentinho no seu colo, mas não há nada de poético na exaustão que toma conta da gente. Para completar eu ainda tive um baby blues que é uma apresentação suave e sutil de um depressão pós-parto e andava chorando por todos os cantos da casa pelos motivos mais absurdos possíveis. Durante o dia, a Luísa, como a maioria do bebês teve (e tem) o sono irregular, fazendo com que eu nunca soubesse se seria por dez minutos ou três horas. Perdi muito tempo de sono precioso tentando encontrar um padrão não existe. Às vezes eu pensava que ela acordaria logo e então não valeria a pena tentar dormir também, mas aí ela dormia por horas. Outras vezes eu me preparava toda, achando descansaria longamente e mal dava tempo de fechar os olhos e já pulava com o chorinho dela.
Li em algum lugar ou ouvi alguém me dizer o seguinte conselho precioso para quem tem um bebê recém-nascido: Não fique em pé se puder sentar, não fique sentada se puder deitar e não fique acordada se puder dormir. E foi seguindo o conselho que continuo desenvolvendo minha técnica de relaxamento toda vez que ela dorme e que sobrevivi ao primeiro mês e me recuperei do pós parto sem surtar.
Fazê-la dormir não é uma tarefa fácil, mas acho que se eu tivesse que dar uma dica a alguém que passa, vai passar ou está passando pelo mesmo é colocar o bebê para dormir ao primeiro sinal de sono. Logo que perceber o primeiro bocejo, a primeira esfregadinha de olho ou aquele olhar fixo, parado, o bebê está cansado. É hora de se recolher, colocar no peito, andar balançando, aconchegá-lo em seu colo e tentar embarcá-lo no mundo dos sonhos. Não caia na besteira como eu fiz várias vezes de tentar manter a Luísa mais tempo acordada, achando que assim ela dormiria por mais tempo. Se o bebê ficar cansado demais será muito mais difícil relaxar e dormir.
Mas...O que eu descobri mesmo nesse período é que os bebês são totalmente diferentes, não há padrão e não adianta copiar fórmulas que deram certo com seus outros filhos (no meu caso) ou com os filhos de suas amigas, o que funciona para um não serve para outro, vc só pode resolver suas dificuldades tentando, tentando, observando e experimentando novos jeitos de cuidar e relaxar seu bebê.

Agora conto com a ajuda de uma babá especialista em bebês, ela bate na porta do meu quarto quando a Lulu acorda, eu vou lá no quarto da Lu e amamento, depois entrego de volta pra ela e volto pro meu quarto. Será assim de segunda a sábado quando então a babá terá a folga. Eu sofri no início achando que estava abandonando a Lulu à noite, mas depois de três noites mais ou menos bem dormida eu esqueci isso. Lulu precisa de uma mãe descansada, bem-humorada e de cabelos penteados, ela precisa sim é sentir minha energia e que precisa ser positiva, para que meu leite esteja sempre farto pra ela se esbaldar.

Acho que, sobretudo um mãe precisa ouvir sempre o seu coração.

Nenhum comentário: